Uma festa de formatura em uma escola católica em Olinda, Pernambuco, gerou polêmica ao tocar uma música com letras que fazem referência a uma situação de estupro. O evento, realizado no Classic Hall, não foi organizado pela escola, que afirmou que a responsabilidade recai sobre uma comissão formada pelos estudantes com a ajuda dos pais.
Durante a festa, a apresentação do DJ foi interrompida por um pai de aluno, que reagiu após ouvir a canção “Helicóptero”, do DJ Guuga em parceria com MC Pierre. A letra da música descreve uma cena em que homens ameaçam uma mulher em um helicóptero. Um trecho da letra diz que, caso ela não ceda às suas exigências, a jogariam do helicóptero. O conteúdo explícito e desrespeitoso despertou a indignação de alguns presentes.
Uma mãe, em um vídeo que circulou nas redes sociais, fez um apelo aos jovens no palco, dizendo que a música faz apologia à prostituição e é inadequada para adolescentes. Ela questionou se achavam certo o que estava acontecendo. A situação se intensificou, resultando em confusão entre os convidados, com pessoas se aglomerando e até tentando apartar brigas.
A música em questão foi lançada em 2019 e alcançou mais de 51 milhões de visualizações no YouTube. No Spotify, já conta com mais de 66 milhões de reproduções. Em 2023, os mesmos artistas lançaram uma sequência chamada “Helicóptero 2”, que também fez sucesso.
A escola não se manifestou publicamente sobre o incidente, e as interações em suas redes sociais estão limitadas. Além das atividades acadêmicas, o colégio realiza uma série de eventos religiosos, incluindo missas e passeios relacionados à fé, incentivando a formação espiritual dos alunos. A expectativa é que a controvérsia leve a uma reflexão sobre o conteúdo acessível a adolescentes em eventos escolares.