Na próxima sexta-feira, dia 19, o cometa interestelar 3I/ATLAS vai passar pela maior aproximação da Terra. Este evento é significativo para a astronomia atual, pois o cometa apresenta características bastante incomuns que intrigam cientistas.
Embora usemos o termo “aproximação”, é importante destacar que o 3I/ATLAS não representa qualquer risco ao nosso planeta. Durante essa passagem, ele estará a cerca de 270 milhões de quilômetros de distância, do outro lado do Sol. Para se ter uma ideia, a Terra está a aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, o que demonstra que essa distância é segura.
O 3I/ATLAS é considerado um cometa interestelar porque não se originou dentro do nosso Sistema Solar. Ele segue uma trajetória hiperbólica, o que significa que, ao contrário de outros cometas que orbitam o Sol, o 3I/ATLAS não está preso pela gravidade solar e seguirá sua jornada pelo espaço profundo após sua passagem.
Pesquisas iniciais da Rede Internacional de Alerta de Asteroides (IAWN) indicam que esse cometa se formou em outro sistema estelar e, depois de ser ejetado, vagou pelo espaço por milhões de anos até atingir o Sistema Solar.
O cometa foi descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio Atlas, que está instalado em Río Hurtado, no Chile. Análises realizadas com o Telescópio Espacial James Webb revelaram que a coma do 3I/ATLAS, que é a nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo do cometa, é composta em grande parte por dióxido de carbono (CO₂), uma concentração nunca antes vista em outros cometas.
Além disso, o 3I/ATLAS se torna o terceiro objeto identificado fora do Sistema Solar, sendo classificado como interestelar devido à sua trajetória hiperbólica, o que confirma que não está preso ao Sol e não segue uma órbita estabilizada. As observações e estudos em andamento sobre esse cometa prometem enriquecer nosso entendimento sobre objetos celestes e suas formações.