O radar corporativo desta segunda-feira trouxe várias novidades importantes no cenário empresarial brasileiro. A Azul Linhas Aéreas (ações AZUL4) teve seu plano de recuperação aprovado, permitindo que a companhia reestruture sua dívida. Essa aprovação é um passo significativo, pois a empresa poderá reduzir sua dívida em mais de 2 bilhões de dólares e levantar recursos por meio de uma nova oferta de ações. Em maio, a Azul havia solicitado recuperação judicial em Nova York, um movimento que inclui transformar parte de suas dívidas em ações e captar novos investimentos, como os já confirmados da American Airlines e da United Airlines.
A Localiza (RENT3), conhecida locadora de veículos, também anunciou que vai pagar R$ 543,6 milhões em juros sobre capital próprio aos seus acionistas. Além disso, a empresa aprovou um novo programa de recompra de ações, totalizando 17 iniciativas desse tipo.
A Rede D’Or (ações RDOR3) divulgou que seu conselho de administração autorizou o pagamento de R$ 8,12 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. Essa quantia inclui R$ 5,62 bilhões em dividendos intermediários, que correspondem a R$ 2,55 por ação, e R$ 2,10 bilhões em dividendos intercalares, o que equivale a R$ 0,95 por ação. Mais R$ 400 milhões serão destinados a juros sobre capital próprio, somando R$ 0,18 por ação.
A Casas Bahia (BHIA3) anunciou uma nova emissão de debêntures, com valor total de até R$ 3,95 bilhões. A empresa planeja usar os recursos obtidos para melhorar sua estrutura de capital e para reforçar seu caixa.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com ações CMIG4, anunciou um investimento planejado de R$ 6,7 bilhões para 2026, dentro de um plano maior que prevê R$ 44 bilhões de investimentos até 2030.
Além disso, a B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira, divulgou suas projeções de investimento para 2026, que devem variar entre R$ 260 milhões e R$ 350 milhões, mostrando um aumento em relação ao previsto para 2025. A B3 também aprovou um programa para recompra de até 230 milhões de suas ações.
No setor de energia, a Engie Brasil Energia (EGIE3) mencionou que seu conselho deu autorização para avaliar a viabilidade de transferir suas ações da Jirau Energia. Por fim, a Alliança Saúde (AALR3) aprovou um aumento de capital com a emissão de novas ações, com potenciais valores que variam de R$ 532,6 milhões a R$ 797,3 milhões, dependendo da quantia de ações emitidas.
Essas movimentações refletem um cenário ativo nas empresas brasileiras, com foco em reestruturação, pagamento de dividendos e investimentos futuros.