Acrobacias circenses em quatro apresentações em Niterói

Pendurados Acrobacias Circenses Apresenta Espetáculo na Praia de Icaraí e Outros Locais em Niterói

O projeto Pendurados Acrobacias Circenses, criado por Juliana Berti, já transformou a vida de muitas pessoas em Niterói, especialmente mulheres, nos últimos cinco anos. Nos dias 18 e 19 de outubro e 1 e 2 de novembro, o projeto realizará o espetáculo “Sozinhas somos pétalas, juntas somos rosas” em diferentes locais, incluindo a Praia de Icaraí, o Horto do Barreto, Charitas e Itaipu.

Com apoio da Secretaria Municipal de Esportes de Niterói, o projeto oferece exercícios de acrobacia aérea, utilizando liras, trapézios e tecidos. Essa prática não só melhora a força física, mas também proporciona uma nova perspectiva sobre a vida para os participantes. A psicóloga Thayla Muniz, de 31 anos, é um exemplo disso. Ela relata que sua experiência no projeto a tornou uma pessoa mais corajosa e comunicativa, destacando o ambiente de apoio e incentivo entre os alunos.

Juliana Berti, idealizadora do projeto, tem uma longa trajetória no circo. Desde criança, ela se encantou com os espetáculos que assistia ao lado do pai. Tornou-se professora da Escola Nacional de Circo e trouxe sua paixão para Niterói, fundando o Pendurados em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Hoje, ela se orgulha do que criou, ressaltando que o projeto é uma referência na cidade e que a maioria dos alunos é composta por mulheres, que se tornam mais fortalecidas e autoconfiantes.

As aulas de acrobacia aérea, que ocorrem de segunda a sexta-feira na Praia de Icaraí, focam na educação somática e na consciência corporal, ajudando os participantes a desenvolverem habilidades socioemocionais importantes. Além das aulas regulares, em 2023, o grupo estreou seu primeiro espetáculo, “Marcas do Passado”, que tratou da violência doméstica, e agora se prepara para o novo espetáculo.

O “Sozinhas somos pétalas, juntas somos rosas” foi elaborado com apoio da Secretaria das Culturas de Niterói e contará com a participação de alunas do projeto, bolsistas e artistas convidados. A direção e dramaturgia são de Juliana Berti e Raphael Pompeu. O espetáculo, que tem 40 minutos de duração, busca acolher meninas e mulheres, ressignificando traumas e experiências dolorosas por meio das artes e do esporte.

Utilizando técnicas de circo e teatro, o projeto cria um espaço seguro e criativo para que as participantes possam se expressar. Juliana explica que o objetivo é ajudar as mulheres a transformarem suas dores em autoconfiança e segurança, tornando a experiência de se apresentar em grupo uma forma de libertação.

O espetáculo contará com uma abordagem reflexiva sobre a violência, utilizando música, dança e elementos do teatro físico, equilibrando o lúdico com o sério. Essa criação segue os princípios do teatro do oprimido, enfatizando a arte como ferramenta de conscientização social.

Confira as datas e locais das apresentações:

  • 18 de outubro: Praia de Icaraí, em frente à Rua General Pereira da Silva – às 9h
  • 19 de outubro: Horto do Barreto, Rua Dr. Luiz Palmier, s/nº – às 11h
  • 1 de novembro: Campo de Futebol de Charitas, Av. Prefeito Silvio Picanço – às 9h
  • 2 de novembro: Praça da Vila dos Pescadores, Praia de Itaipu, s/nº – às 16h

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