O Portland Trail Blazers conquistou uma vitória emocionante sobre o Sacramento Kings, com um placar de 134 a 133, em uma partida que foi marcada por momentos incomuns e tensão. Com esse resultado, a equipe de Portland agora tem uma campanha de 11 vitórias e 16 derrotas nesta temporada.
O confronto ocorreu em casa, onde o Blazers enfrentou um time dos Kings desfalcado, sem os jogadores Zach LaVine e Domantas Sabonis. Mesmo lidando com lesões significativas em seu próprio elenco, o Portland era considerado o favorito e chegou a liderar a partida por 18 pontos, faltando apenas cinco minutos para o fim do tempo regular. No entanto, os Kings surpreenderam com uma reação rápida, conseguindo forçar a prorrogação ao fazer uma sequência impressionante de 17 a 2 em menos de dois minutos.
A execução nos momentos finais foi um desafio para os Blazers, que estavam perto de perder a partida se não tivessem contados com um polêmico chamado de falta contra Russell Westbrook, que favoreceu Deni Avdija em um arremesso deseperado após um lance de DeMar DeRozan.
Os desafios na execução nos momentos decisivos também refletem isso na direção técnica do time, liderada por Tiago Splitter. Ele reconheceu que poderia ter tomado decisões diferentes enquanto os Kings se aproximavam no placar. Porém, é importante ressaltar que a responsabilidade não recai apenas sobre ele.
Um aspecto crucial da execução no final das partidas é a atuação dos armadores, especialmente em momentos importantes como arremessos livres e controle de bola. Neste jogo, a equipe estava sem jogadores importantes como Jrue Holiday e Scoot Henderson, o que diminuiu as opções disponíveis no perímetro. Avdija, que atuou como um armador improvisado, teve um desempenho notável ao anotar 35 pontos, além de pegar cinco rebotes e distribuir cinco assistências, mas também cometeu cinco turnovers, incluindo um erro crítico no final do tempo regular.
As falhas nos momentos decisivos não foram responsabilidade só de Avdija. Na prorrogação, Sidy Cissoko também cometeu um erro ao tentar passar a bola para Jerami Grant, enquanto o Blazers estava à frente por três pontos. Isso deu aos Kings uma oportunidade de reduzir a diferença para 132 a 131, restando 17,4 segundos no relógio.
Além disso, o time teve dificuldades na hora de fazer os lances livres. Donovan Clingan, que teve uma boa performance com 19 pontos, oito rebotes e quatro assistências, errou dois lances livres fundamentais com 16,5 segundos restantes, permitindo que DeRozan, um dos jogadores mais decisivos da NBA, tivesse uma chance de decidir o jogo.
Embora Avdija tenha se destacado como um ponto positivo em um elenco mais limitado, a dependência excessiva dele para a criação de jogadas não é ideal. Esse cenário ficou evidente quando os Blazers tiveram dificuldades em localizá-lo nas reposições e precisaram utilizar opções menos eficazes.
Até que os Blazers consigam recuperar seus jogadores principais, a avaliação do trabalho de Splitter como técnico deve ser feita com cautela. Ele assumiu o cargo em uma situação inesperada, logo após a saída de Chauncey Billups, e tem tentado lidar da melhor forma com um elenco que não consegue se manter saudável.
O futuro de Splitter como treinador permanente do Portland ainda é incerto, e é cedo demais para fazer um julgamento definitivo, especialmente considerando as limitações atuais do time. Há, no entanto, várias áreas que precisam de melhorias, começando pela execução nos momentos finais dos jogos.
Os Blazers terão uma nova oportunidade de mostrar evolução, pois enfrentarão novamente os Kings em uma partida marcada para sábado, desta vez em Sacramento.