Chegou o Natal: como aproveitar a data em sua essência

Então é Natal… Tempo de Pausas e Filmes

É engraçado como o tempo passa rápido, né? Parece que foi ontem que começamos o ano e, de repente, estamos em dezembro. Ficar um mês longe da coluna foi necessário para cuidar da rotina. Na volta, me sinto um pouco cansada, mas de um jeito leve. Dezembro tem esse efeito estranho: é cansativo, mas também acolhedor, bem como o espírito do Natal.

O fim do ano traz um clima intenso, quase de pressa total. É como se todo mundo precisasse fazer tudo e viver tudo de uma vez, como se não houvesse amanhã. Às vezes, rola um desespero que contamina até as coisas mais simples, como a própria celebração do Natal.

Apesar da correria, eu gosto muito dessa época. Um dos melhores jeitos de entrar no clima natalino são os filmes dessa época. Não tem segredo: abrir o streaming e procurar aqueles filmes que misturam confusões familiares, romances inesperados e uma trilha sonora que faz o coração aquecer. Além disso, a neve que aparece neles nunca é de verdade, mas a gente finge que acredita. Essa tradição se transforma quase em um abrigo emocional, criando um Natal particular.

Um filme que não pode faltar nas minhas maratonas é O Amor Não Tira Férias. É aquele filme com a Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law e Jack Black. Eu costumo dizer que é um clássico moderno. A história de trocar de casas, as lareiras acesas e os encontros inesperados fazem tudo parecer mais mágico. Eu já vi esse filme várias vezes e sei tudo que vai acontecer, mas no final do ano, volto a assisti-lo. O Natal também é isso: repetir rituais que nos confortam.

Pra entrar no clima, eu gosto de criar um ambiente especial. Fecho as janelas, coloco o ar condicionado no mínimo, pego uma coberta e finjo que lá fora não estão 30 graus. Por cerca de duas horas, decido viver esse “inverno” artificial e desfruto do conforto emocional que esses finais felizes oferecem. E, convenhamos, nesta época, essa previsibilidade é quase um presente.

Esses filmes têm um poder que toca fundo em muitas pessoas. Eles não prometem mudanças drásticas, mas oferecem pausas no nosso ritmo maluco. Lembram que recomeços podem ser pequenos, disfarçados de simples ajustes na vida, como mudar de endereço ou ter uma nova perspectiva. Às vezes, o fim de um ciclo não precisa ser grandioso. Às vezes, só queremos acolhimento. E é isso que encontro no Natal: o calor da família, os amigos que viraram família, o amor e o cuidado.

No meio da correria de dezembro, podemos fazer o maior gesto de carinho: desacelerar. Desligar um pouco do barulho, e entender que nem tudo vai ser resolvido antes do fim do ano. Está tudo certo chegar ao fim do ano cansado. Perseverar também é uma vitória e isso faz parte do espírito do Natal.

Espero que este Natal chegue para você como um abraço, não como uma cobrança. Que ele te encontre exatamente onde você estiver, inteiro ou em pedaços, lembrando que sempre é tempo de recomeçar. Não é preciso usar nada grandioso, como trocar de casa ou cidade. O que importa é a vontade de fazer diferente.

Desejo a você e aos seus um Natal cheio de verdade. Um Natal que traga presença, amor, pausas importantes e a certeza de que, mesmo em meio ao caos, ainda vale a pena acreditar. Que todos nós possamos aproveitar cada momento e nos lembrar do que realmente importa nesta época tão simbólica.