A Lua é um dos corpos celestes mais fascinantes e, ao olhar para o céu, é fácil perceber que as manchas em sua superfície permanecem inalteradas. Isso acontece porque sempre observamos o mesmo lado do satélite natural, devido a um fenômeno conhecido como rotação sincrônica. A Lua leva cerca de 27 dias tanto para completar uma volta em torno de si mesma quanto para orbitar a Terra.
Como resultado, ela parece estar constantemente “fitando” nosso planeta. Apesar de visualizar sempre a mesma face, a maneira como encaramos a Lua muda com a luz do Sol. Metade dela está sempre iluminada, mas a parte que vemos varia conforme sua posição em relação à Terra e ao Sol. Durante a fase da Lua Nova, a face iluminada fica voltada para o lado oposto à Terra, enquanto na Lua Cheia, a face visível está completamente iluminada.
A parte da Lua que não conseguimos ver da Terra é chamada de “lado oculto”. Esta região é distinta, com mais crateras e menos planícies, e já foi mapeada por várias missões espaciais.
Em 2024, a sonda chinesa Chang’e-6 fez um marco na exploração lunar ao pousar no lado oculto, especificamente na Bacia Aitken. Esta missão trouxe consigo um grande feito: coletou as primeiras amostras desse local misterioso, retornando à Terra depois de 53 dias. Para realizar a coleta, a sonda utilizou uma broca e um braço robótico, além de capturar imagens da superfície lunar e fincar a bandeira da China.
Essas descobertas são uma etapa importante para entender melhor a composição e a história da Lua, despertando o interesse pela astronomia e pela exploração espacial em todo o mundo.