Mistério da Estrela de Belém Intriga Cientistas
Por muitos anos, astrônomos e historiadores têm buscado entender o fenômeno descrito no Evangelho de Mateus, que fala sobre a famosa estrela que guiou os Reis Magos até o nascimento de Jesus. Essa estrela, referida no texto como “astera” em grego, tem gerado diferentes teorias sobre sua verdadeira natureza.
A hipótese mais aceita entre os cientistas é que a estrela poderia ser uma conjunção planetária, especificamente entre os planetas Júpiter e Saturno. Esse tipo de alinhamento dos planetas é quando eles aparecem próximos uns dos outros no céu, criando um brilho intenso que poderia ser interpretado como uma estrela.
O Evangelho de Mateus, que é o único que menciona essa estrela, foi escrito aproximadamente em 85 d.C., várias décadas após a vida de Jesus. Isso levanta questões sobre a precisão da descrição e o contexto em que foi registrada.
Um dado interessante é que, em 1305, o artista italiano Giotto di Bondone criou um famoso afresco chamado “A Adoração dos Magos”. Esse trabalho foi inspirado por um evento astronômico real: a passagem do cometa Halley, que ocorreu em 1301. No afresco, ele representou a Estrela de Belém como um cometa, ilustrando como a arte e a astronomia se entrelaçam ao longo da história.
Recentemente, um novo estudo do cientista planetário Mark Matney, que trabalha para a Nasa, propôs uma nova perspectiva sobre essa estrela. Matney sugere que a Estrela de Belém poderia na verdade ter sido um cometa originário da Nuvem de Oort, uma região distante que envolve o nosso Sistema Solar. Essa teoria adiciona mais uma camada ao já complexo mistério em torno do fenômeno celestial mencionado no Evangelho, mostrando que a busca por respostas continua ativa na comunidade científica.