Crianças pequenas visitam mais o ER após consultas virtuais, diz estudo

Um estudo recente realizado em Ontário teve como foco as visitas de crianças ao departamento de emergência, especificamente aquelas com idades entre três meses e dois anos. Os pesquisadores descobriram que esses pequenos frequentemente vão ao pronto-socorro dentro de três dias após consultas de cuidados primários virtuais, como as feitas por vídeo ou telefone. Isso é mais comum quando comparado ao que acontece após consultas presenciais.

A pesquisa aponta que, apesar de os atendimentos virtuais serem uma alternativa válida para muitas situações, pode ser mais vantajoso levar crianças pequenas para consultas presenciais quando há preocupações agudas sobre a saúde. O estudo sugere, portanto, que os pais devem considerar essas diferenças ao marcar consultas para seus filhos.

Com a pandemia, houve um aumento significativo nas consultas virtuais. Isso foi um jeito prático de cuidar da saúde sem sair de casa, especialmente em tempos de isolamento social. Contudo, parece que para os mais novos, as coisas não funcionam exatamente da mesma forma.

Os pesquisadores notaram que muitos pais optaram por agendar atendimentos virtuais para seus filhos, mas, em alguns casos, essa escolha não teve o resultado esperado. Algumas crianças apresentaram problemas agudos, como febre alta ou problemas respiratórios, e acabaram tendo que ir à emergência poucos dias depois da consulta online. Isso gerou uma reflexão importante sobre a melhor forma de cuidar de crianças nessa faixa etária.

Os atendimentos virtuais podem ser super eficazes para orientações sobre saúde. Eles ajudam a evitar idas desnecessárias ao hospital, mas para problemas mais sérios, o diagnóstico pode ser mais complicado sem um exame físico direto. As crianças pequenas podem não conseguir expressar claramente os sintomas, o que pode fazer com que situações graves passem despercebidas durante uma consulta online. Por isso, a presença do médico, com seu olhar atento e toques de verificação, pode fazer toda a diferença.

Outro ponto relevante que o estudo trouxe à tona é que as visitas ao pronto-socorro, após atendimentos virtuais, também podem gerar um grande gasto e desgaste para as famílias. Se a consulta online não resolver, os pais precisam enfrentar o estresse de uma nova espera e o deslocamento para o hospital. Isso, por si só, pode ser muito cansativo para quem está lidando com uma criança doente.

O que a pesquisa sugere é que os pediatras e profissionais de saúde estejam cientes dessas diferenças e orientem os pais da maneira mais adequada. Não dá para descartar totalmente os atendimentos virtuais, pois eles têm sua importância, mas em casos em que os sintomas são agudos ou têm uma evolução rápida, melhor mesmo é marcar uma consulta presencial.

Além disso, com tantas opções de consulta hoje em dia, é fundamental equilibrar a conveniência tecnológica com a necessidade de um exame prático. Algumas situações pedem uma atenção mais detalhada e nem sempre as palavras conseguem transmitir tudo que um médico precisa saber. O toque e a observação corporal são essenciais, especialmente em crianças pequenas que podem não descrever como estão se sentindo.

Por fim, o estudo é um lembrete para todos nós sobre a importância de buscar o tipo de cuidado certo para cada situação. Os pais devem estar atentos aos sinais que os filhos apresentam e tomar decisões informadas sobre onde buscar atendimento. Claro que o conforto de estar em casa é agradável, mas às vezes, o melhor lugar para uma criança doente é no consultório do médico.

E assim, a pesquisa se torna uma ferramenta importante para guiar as nossas escolhas em tempos de mudanças rápidas na área da saúde. O mundo está se digitalizando, mas quando se trata da saúde das nossas crianças, é bom lembrar que o olho no olho pode ainda ser o melhor caminho. Portanto, as visitas presenciais, embora tenham sido deixadas de lado por muito tempo, precisam ser reavaliadas no contexto do cuidado com os pequenos.

Os profissionais de saúde também têm um papel fundamental em educar os pais sobre quando buscar auxílio e como aproveitar o melhor dos serviços virtuais e presenciais. Na era da tecnologia, encontrar esse equilíbrio se torna essencial. O bem-estar da criança deve sempre ser a prioridade, e se isso significar uma visita ao médico, que assim seja.

Em resumo, o estudo traz à tona a necessidade de um olhar mais atento sobre a saúde dos bebês e crianças pequenas. A saúde não pode ser tratada apenas por meio de telas; é preciso um olhar clínico direto que, muitas vezes, revela muito mais do que pode ser dito. Essa compreensão leva os pais a fazerem escolhas mais acertadas quando se trata da saúde de seus filhos. Afinal, o que importa é garantir que as crianças estejam sempre bem, com o máximo de cuidado e atenção.