Um novo estudo da Universidade Clarkson está revelando informações surpreendentes sobre como ações simples, como falar ou cantar, podem influenciar a maneira como doenças se espalham pelo ar em ambientes fechados. Essa pesquisa é importante porque ajuda a entender a transmissão de doenças respiratórias.
O aluno de doutorado Mahender Singh Rawat, em colaboração com a professora Andrea Ferro e sua equipe no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da universidade, está estudando a exposição a bioaerossóis respiratórios, que são pequenas partículas liberadas quando as pessoas respiram, falam, cantam ou tosssem. Essas partículas microscópicas podem carregar vírus, como os que provocam COVID-19 e gripe.
O objetivo do grupo é descobrir como tornar escolas, escritórios e outros locais fechados mais seguros. Eles buscam entender quais fatores levam as pessoas a emitir mais ou menos dessas partículas no ar e como poderiam reduzir essa disseminação.
Rawat explica que a pesquisa ajuda a desvendar os mecanismos de formação dessas partículas no sistema respiratório. Isso mostra por que algumas pessoas ou situações podem causar mais partículas no ar do que outras. Esse conhecimento pode ajudar a projetar melhor salas de aula, sistemas de ventilação e políticas de saúde.
Os pesquisadores já descobriram que falar mais alto ou em tons mais agudos faz com que uma pessoa libere mais partículas no ar. Além disso, perceberam que adultos mais velhos tendem a emitir mais partículas do que crianças e adolescentes.
Atualmente, Ferro está liderando outro estudo que investiga como a hidratação pode influenciar a emissão de aerossóis respiratórios. Resultados iniciais indicam que pessoas bem hidratadas liberam mais partículas do que aquelas desidratadas.
Além de Rawat e Ferro, a equipe da Clarkson conta com o professor associado Shantanu Sur, do Departamento de Biologia, e a professora Sumona Mondal, do Departamento de Matemática. Byron Erath, professor e chefe do Departamento de Engenharia Mecânica no Instituto de Tecnologia de Rochester, é o pesquisador principal de um projeto colaborativo relacionado a esse estudo. A equipe também inclui pesquisadores da Universidade Estadual de Nova York em Oswego, do Instituto de Tecnologia de Rochester e da SUNY Potsdam.
Ferro comenta que a colaboração com Erath e outros professores da Clarkson começou há mais de seis anos. Eles formaram um time para estudar a transmissão de doenças pelo ar após a criação do programa Clarkson Ignite Graduate Fellowship. Quando a pandemia de COVID-19 começou, já estavam prontos para agir. Conseguiram financiamento rapidamente e ajudaram a responder a questões científicas importantes sobre aerossóis respiratórios ao longo dos anos.
Essas descobertas irão melhorar os modelos que preveem como as gotículas respiratórias se espalham e permanecem suspensas no ar, especialmente em ambientes compartilhados como salas de aula e locais de trabalho. Isso pode resultar em diretrizes de saúde pública mais precisas sobre ventilação, uso de máscaras e prevenção de doenças.
Rawat apresentou os resultados de sua pesquisa em uma reunião anual da Sociedade Internacional de Ciência da Exposição e da Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental, que aconteceu em Atlanta, na Geórgia, entre 17 e 20 de agosto. Ele recebeu um prêmio na competição de pôsteres para estudantes e novos pesquisadores.
Esse estudo é um passo importante para entender melhor como doenças se espalham em ambientes fechados. O conhecimento adquirido pode contribuir para a saúde pública, ajudando a criar ambientes mais seguros para todos. A pesquisa continua, e os cientistas esperam fazer mais descobertas que possam impactar positivamente a forma como lidamos com doenças transmitidas pelo ar.
Além de falar e cantar, outras atividades que geram partículas no ar também estão sendo investigadas. Isso inclui como a tosse e os espirros também podem aumentar a quantidade de bioaerossóis no ar. Portanto, há uma preocupação crescente em entender todos esses fatores para proteger a saúde da população.
Cada vez mais, o entendimento de como o ar que respiramos pode ser contaminado é essencial, principalmente em tempos de pandemia. Com as novas pesquisas, é possível que novas medidas de segurança sejam implementadas, visando a redução de riscos para todos.
Assim, o trabalho da equipe da Universidade Clarkson não apenas amplia nosso conhecimento sobre a transmissão de doenças, mas também oferece ferramentas para enfrentar novos desafios na saúde pública. Esse é um campo em crescimento que pode fazer toda a diferença para o futuro.
O estudo é um exemplo claro de como a ciência pode fazer a diferença na vida das pessoas. A pesquisa em ambientes internos se torna ainda mais relevante, conforme a sociedade busca voltar ao normal após a pandemia. Com medidas e informações adicionais, será mais fácil garantir a saúde e bem-estar em ambientes fechados.
Nos próximos anos, espera-se que essas novas descobertas se traduzam em práticas mais seguras nas escolas, empresas e outros locais em que as pessoas se reúnem. Criar ambientes seguros, onde a transmissão de doenças pelo ar seja minimizada, será fundamental não só agora, mas para o futuro.
Essa é uma área de pesquisa fundamental que vai continuar a evoluir, e os cientistas estão empolgados com as possibilidades que esses estudos podem trazer. O foco em como a conversa, a idade e a hidratação influenciam a saúde é algo que poderá trazer benefícios nacionais.
A equipe de pesquisa está animada com os resultados até agora e pretende continuar sua trajetória com mais investigações. Assim, a importância de ter um olhar atento para a qualidade do ar que respiramos e como ele pode afetar nossa saúde nunca foi tão crítica. A luta contra as doenças transmitidas pelo ar continua, e a ciência é a chave para as soluções que estão por vir.