Um homem de 51 anos foi preso na tarde de quinta-feira após ser agredido por um grupo de pessoas, ao tentar aliciar sexualmente uma menina de 7 anos em Belo Horizonte, na Vila Joana D’arc, na Região do Barreiro.
De acordo com relatos, o homem se aproximou da mãe da menina e fez propostas de aliciamento, sugerindo que ela “vendesse” a filha. Alarmada com a situação, a mãe decidiu guardar as conversas que teve com o suspeito pelo WhatsApp, onde ele demonstrou interesse na filha, afirmando que procurava uma criança virgem e que tinha a intenção de se casar com ela no futuro.
O homem chegou a sugerir que a mãe ensinasse a menina em práticas sexuais, apresentando isso como uma “brincadeira”, o que motivou a mulher a buscar mais provas contra ele.
Com o objetivo de confrontá-lo, a mãe marcou um encontro e, ao chegar ao local combinado, foi acompanhada por outras pessoas que a ajudaram. Elas agrediram o homem com pedaços de madeira e uma barra de ferro.
Após as agressões, a mãe decidiu levar o homem até um local conhecido por ser ponto de “tribunais do crime”, onde supostamente já ocorreram homicídios relacionados ao tráfico de drogas. Lá, ela e os agressores gritaram que o homem havia tentado estuprar uma criança, o que fez com que a população local ficasse ainda mais enfurecida, planejando linchar o homem.
Uma equipe da Polícia Militar que realizava patrulhamento próximo ao local recebeu uma denúncia sobre a agressão e se dirigiu ao local. Com a chegada da Polícia, os agressores se dispersaram, e apenas a mãe da menina e um jovem de 24 anos permaneceram, sendo ambos detidos e levados à delegacia, juntamente com o homem acusado de aliciamento. A PM também confiscou os celulares dos envolvidos para investigar as provas.
Antes de ser encaminhado para a delegacia, o homem precisou ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) devido a um sangramento intenso.
É fundamental que qualquer suspeita de abuso ou exploração sexual contra crianças e adolescentes seja denunciada. As vítimas e suas famílias podem acionar Conselhos Tutelares, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) ou o Disque 100, que é a linha direta destinada a essas denúncias.