Adrian Smith, guitarrista do Iron Maiden, não tem papas na língua ao falar sobre o envelhecimento no rock e por que os vocalistas costumam se aposentar antes. Em uma entrevista recente, ele comentou sobre como sua visão sobre a música mudou ao longo dos anos.
Smith, que tem 68 anos, destacou sua própria longevidade na música. Ele usou o recente anúncio de aposentadoria de David Coverdale, frontman do Whitesnake, como um exemplo claro das dificuldades que os cantores enfrentam. Para os vocais, o tempo pode ser mais cruel.
O guitarrista explicou que, no passado, a música consumia sua vida de uma maneira pouco saudável. Ele se sentia muito afetado por cada pequeno obstáculo. Agora, ele aprendeu a ter um equilíbrio e quer aproveitar a performance pelo maior tempo possível.
Ao mencionar Coverdale, que se afastou dos palcos aos 80 anos, Smith elogiou o artista. No entanto, destacou que os cantores têm um desafio maior do que os demais membros da banda. A voz de um cantor, ao longo dos anos, é a maior ferramenta, e quando chega a certa idade, é mais difícil sustentar isso.
Smith afirmou que, em sua visão, aos 80 anos, é “hora de parar”. Mas, como ele se sente mais jovem e ainda na casa dos sessenta, acredita que pode continuar se apresentando. Ele não sente que sua voz foi tão desgastada quanto a de Coverdale ao longo de sua carreira.
Ele comentou que ainda se vê evoluindo como vocalista e que pretende seguir na música por um tempo. Os vocalistas, segundo ele, geralmente não têm o mesmo tempo de carreira que os guitarristas, especialmente quando forçam muito suas vozes.
Esses comentários surgiram em um momento em que vários integrantes do Iron Maiden discutiram a possibilidade de aposentadoria. O baixista Steve Harris mencionou que não pensa em parar, mesmo reconhecendo que essa decisão nem sempre estará em suas mãos.
Dave Murray, outro guitarrista da banda, também falou sobre saber quando o grupo deve se retirar de forma digna, sem se arrastar. Bruce Dickinson, o vocalista, fez uma piada, dizendo que o grupo provavelmente “vai cair no palco” antes de decidir se aposentar.
Neste momento, Smith não está preocupado com o futuro da banda. Ele está focado em aproveitar a carreira que sempre amou, aproveitando cada show e sentindo-se bem em sua atual condição física. Para ele, a música ainda traz muita alegria e realização.
Smith ressaltou que a mudança em sua perspectiva foi essencial. Antes, ele era consumido por cada crítica e dificuldade, o que não era saudável. Hoje, ele vê que o importante é manter-se ativo e saudável, fazendo o que gosta.
Isso mostra uma evolução em sua forma de lidar com a carreira, tornando-a mais prazerosa e menos desgastante. Para ele, a música continua a ser uma fonte de felicidade, e não uma obrigação pesada. Ele quer continuar tocando e se apresentando, mas de uma maneira que não comprometa sua saúde.
No cenário do rock, as coisas podem ser complicadas. Muitos vocalistas enfrentam o desgaste de suas vozes após anos de apresentações e gravações. Essa realidade faz com que eles tenham que tomar decisões difíceis mais cedo.
Adrian acredita que enquanto se cuidar e conseguir manter a voz em bom estado, pode continuar. Ele está animado com sua evolução como músico e tem planos de seguir adiante. Essa atitude reflete uma sabedoria adquirida com o tempo e a experiência na estrada.
Os fãs, por sua vez, estão animados com a possibilidade de ver Smith e a banda em ação por mais tempo. Afinal, são muitos anos oferecendo grandes shows e produções. O legado do Iron Maiden é forte, e seus membros têm muito a oferecer ainda.
Em suma, a mensagem de Smith é clara: a vida na música pode ser difícil, especialmente para cantores, mas com equilíbrio e cuidado, é possível continuar fazendo o que ama sem se sacrificar demais. Ele é um exemplo vivo de que, com a atitude certa, a música pode ser duradoura e gratificante.
Esse pensamento se reflete na maneira como ele aborda sua carreira atualmente. Ao invés de se preocupar com o que vem a seguir, ele se dedica ao presente, desfrutando de cada apresentação e do contato com os fãs. A paixão pela música continua forte e isso é o que realmente importa.
Com esse espírito, Adrian Smith mostra que o rock ainda tem muita energia pela frente. E enquanto houver palco e pessoas para ouvir, ele estará lá, dando seu melhor e aproveitando cada momento. Essa é uma verdadeira celebração da música, da arte e da vida.