A Secretaria de Saúde do Espírito Santo está investigando a contaminação de 33 funcionários do Hospital Santa Rita de Cássia, situado em Vitória, após eles apresentarem sintomas que se assemelham aos de pneumonia. Destes, três estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com um deles em estado grave. Além disso, 12 acompanhantes que estiveram no hospital também estão sob observação, pois manifestaram sintomas semelhantes.
Os primeiros relatos de casos começaram a surgir em 19 de outubro. Desde então, o hospital, que é referência no tratamento de câncer na capital, tomou várias medidas de precaução. Isolou os colaboradores com suspeitas de infecção, suspendeu as visitas e fechou a ala de enfermaria onde os casos foram registrados, além de um centro cirúrgico.
As autoridades de saúde estão trabalhado para identificar a origem da infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos. Estão sendo investigados possíveis fatores como falhas nos sistemas de água e ar-condicionado. O secretário de Saúde do Espírito Santo, Tiago Rossmann, mencionou que está sendo averiguada a presença de animais na região, especialmente pombos. As pesquisas já descartaram a transmissão de vírus da Covid-19 e das gripes influenza A e B.
A coleta de amostras está sendo realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo e pela Fiocruz, que enviarão os materiais para análise no Rio de Janeiro.
Além disso, o Ministério da Saúde informou que enviará uma equipe ao estado para colher informações e elaborar um relatório em até 48 horas sobre a situação do hospital. O Hospital Santa Rita de Cássia mantém seus serviços de urgência, emergência, radioterapia e quimioterapia. No entanto, a direção está considerando remarcar algumas cirurgias eletivas que não são urgentes.
A possibilidade de que a infecção estivesse se dispersando para outros bairros de Vitória foi levantada, mas as autoridades descartaram essa hipótese. Elas informaram que os funcionários afetados tiveram contato principalmente com familiares e amigos, e não foi registrada transmissão para a comunidade externa, mantendo os casos restritos ao ambiente hospitalar.