Ministério da Saúde autoriza produção de novos medicamentos pela Funed

Novos Medicamentos Produzidos no País Prometem Reduzir Dependência de Importações

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) anunciou a aprovação de dois novos medicamentos que serão fabricados no Brasil, com o objetivo de diminuir a dependência nacional de importações. Essa decisão foi divulgada em uma reunião do Ministério da Saúde, realizada em São Paulo, na última segunda-feira (24).

Os medicamentos que terão sua produção nacionalizada são o Aflibercepte, indicado para tratar a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), e a Lenalidomida, utilizada em tratamentos de condições como mieloma múltiplo e linfomas. A Funed desenvolverá o Aflibercepte em colaboração com as empresas Samsung Bioepis e Bionovis. A produção da Lenalidomida será realizada em parceria com a Hipolabor e Ecadil.

Felipe Attiê, presidente da Funed, enfatizou a relevância das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e o papel da Funed como um laboratório público vital para o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele argumentou que essas iniciativas não apenas facilitam o acesso da população a medicamentos essenciais, mas também ajudam a reduzir a necessidade de importação de produtos que são cruciais para a saúde. Attiê mencionou a importância de contratar mais profissionais para apoiar a produção desses medicamentos.

Durante a reunião, autoridades da saúde também discutiram um planejamento para 2026/2027. As metas incluem a redução da dependência de insumos de saúde importados, o fortalecimento da indústria de saúde local e a ampliação do acesso da população a tratamentos através do SUS.

As PDPs visam aumentar o acesso a medicamentos e produtos de saúde que são estratégicos para o sistema público. Essas parcerias são firmadas entre setores públicos e privados, permitindo a transferência de tecnologia existente para fomentar a produção local. Além disso, novas tecnologias também podem ser desenvolvidas dentro desse framework.

Esse movimento é um passo importante para garantir que a população tenha acesso a tratamentos essenciais, reduzindo a vulnerabilidade associada à dependência de medicamentos importados.