Os crimes impactantes de 14 jovens assassinos

Os Jovens Serial Killers da História

Os crimes de serial killers são sempre perturbadores, mas aqueles cometidos por adolescentes trazem um terror ainda maior. É difícil imaginar alguém que não completou o ensino médio planejando assassinatos horríveis, mas é exatamente isso que alguns desses jovens fizeram.

Muitos deles cresceram em lares problemáticos e sofreram abusos desde cedo, enquanto outros enfrentaram bullying na escola e decidiram descontar sua ira em pessoas mais vulneráveis. De qualquer forma, esses jovens deixaram um rastro de destruição e dor.

Neste artigo, vamos explorar as histórias de nove jovens serial killers e os contextos que os levaram a cometer crimes.

Mary Bell: A Menina que Matou Dois Meninos

Em 1968, Mary Bell, uma jovem de apenas 10 anos, foi condenada por assassinatos que chocaram sua cidade natal, Newcastle, na Inglaterra. No dia anterior ao seu 11º aniversário, ela atraiu um menino de quatro anos, chamado Martin Brown, para uma casa abandonada e o estrangulou.

O ato deve ter sido demorado, pois Mary não tinha força suficiente para deixar marcas visíveis no pescoço da vítima. Por isso, a causa da morte não foi identificada inicialmente.

No dia seguinte, Mary e sua amiga de 13 anos, Norma Bell (sem relação de parentesco), entraram em uma escola infantil da região. Elas não roubaram nada de valor, mas deixaram uma nota confessando o crime. Na mensagem, diziam: “NÓS matamos Martin Brown, vá se danar”.

A polícia não levou a nota a sério no início. Contudo, dois meses depois, outro menino foi encontrado morto na mesma vizinhança. Brian Howe, de três anos, foi descoberto em um campo no dia 31 de julho de 1968. Seu cabelo estava cortado, seu corpo mutilado, e uma letra “M” havia sido esculpida em seu abdômen. As tesouras usadas na mutilação foram encontradas nas proximidades, mas a causa da morte foi estrangulamento, assim como Martin Brown.

Investigadores interrogaram crianças da área e descobriram que Brian havia sido visto com Mary Bell antes de desaparecer. Durante o interrogatório, Mary negou qualquer culpa. No entanto, cometeu um erro ao mencionar que viu Brian com um menino mais velho no dia de sua morte, que estaria portando tesouras — uma informação que só a polícia conhecia.

Norma Bell também foi interrogada e acusou Mary pelo crime. Mary, por sua vez, disse que Norma havia matado Brian. O caso foi levado a tribunal em dezembro. Norma foi absolvida, enquanto Mary foi condenada por homicídio culposo dos dois meninos. A pena foi menor devido à sua idade, sendo considerada como tendo “responsabilidade reduzida”.

Mas o que leva uma pré-adolescente a cometer tais crimes? Em 1998, a autora Gitta Sereny publicou um relato baseado em entrevistas com Mary. De acordo com publicações da época, a mãe de Mary era uma trabalhadora do sexo que tentou matá-la várias vezes e permitiu que seus clientes a abusassem sexualmente.

Refletindo sobre seus atos em uma conversa com Sereny, Mary declarou: “Eu não sabia que pretendia que eles ficassem mortos… mortos para sempre. Para mim, naquela época, estar morto não significava para sempre”.

Mary Bell ficou 12 anos na prisão e foi libertada em 1980, aos 23 anos. Desde então, ela vive sob um pseudônimo e recebeu proteção da identidade, assim como sua filha.

Graham Young: O Menino Que Envenenou

Graham Young se tornou o mais jovem serial killer americano a ser condenado à morte aos 19 anos. Com apenas 14 anos, ele começou a envenenar seus colegas de escola. Graham tinha um interesse obsessivo por venenos e, em sua mente, isso era um experimento.

Suscetível a ser descrito como um gênio, Young passou a adolescência em uma instituição psiquiátrica. Após ser solto, ele continuou a agir, igual ao comportamento de antes, até ser finalmente capturado após uma série de envenenamentos.

Os casos de Graham Young nos alertam sobre os perigos de não se perceber os sinais de comportamento violento em jovens. Pode ser difícil imaginar que em tenra idade uma pessoa possa ter a intenção de acabar com a vida de outros.

Elmer Wayne Henley Jr.: O Acusado e o Acoplado

Elmer Wayne Henley Jr. tornou-se conhecido por ser cúmplice de um serial killer muito mais prolífico, Dean Corll. Juntos, eles foram responsáveis por uma série de crimes brutais durante os anos 70. Henley ajudou Corll a sequestrar e assassinar jovens.

Henley, após ser capturado, contou detalhes horríveis sobre como participava efetivamente das ações criminosas. O caso chamou a atenção de psicólogos e criminologistas para entender as dinâmicas que permitem que jovens se tornem cúmplices em crimes tão graves.

Casos que Deixam Marcas

Os crimes cometidos por jovens serial killers nos mostram que fatores sociais e familiares têm um papel significativo. Fatores como violência doméstica, bullying e problemas mentais contribuem para a formação de uma mente perturbada em criança e adolescentes.

Além de Mary Bell, Graham Young e Elmer Wayne Henley Jr., outros casos também são relevantes e devem ser discutidos para entender a complexidade detrás desses atos. A juventude não é uma proteção contra o mal, e esses indivíduos mostram que, mesmo em tenra idade, é possível perpetrar atos de crueldade.

A análise desses casos é essencial para entender como prevenir que situações similares ocorram no futuro. Isso inclui prestar atenção a sinais de alerta em crianças e jovens, além de buscar ajuda profissional quando necessário.

Compreender a psicologia por trás destes jovens massacres pode nos ajudar a lidar melhor com os problemas da sociedade, criando ambientes mais seguros e saudáveis para todos. As histórias de Mary Bell, Graham Young e Elmer Wayne Henley Jr. não são apenas relatos de crimes, mas lições de como a sociedade deve agir para evitar que tragédias semelhantes se repitam.