Quem foram as vítimas e os sobreviventes do Zodiac Killer?

O Enigma do Assassino do Zodíaco

Um assassino em série ainda não identificado atuou no norte da Califórnia no final da década de 1960. Ele é conhecido por ter assassinado Betty Lou Jensen, David Arthur Faraday, Darlene Ferrin, Cecelia Shepard e Paul Stine. No entanto, há quem acredite que sua lista de vítimas pode ser ainda maior.

Nos últimos cinquenta anos, investigadores e entusiastas têm analisado pistas para tentar descobrir quem é o Assassino do Zodíaco, um criminoso que deixou um rastro de mistério e violência. Ele não só cometeu crimes brutais, mas também deixou cifras enigmáticas que levantam questões sobre seus motivos e identidade. Muitas pessoas tentaram desvendá-lo, mas os relatos sobre suas vítimas frequentemente ficam no fundo da história.

O Assassino do Zodíaco afirmou ter matado até 37 pessoas, mas a polícia confirma que ele foi responsável por pelo menos cinco mortes entre 1968 e 1969: David Arthur Faraday, Betty Lou Jensen, Darlene Elizabeth Ferrin, Cecelia Ann Shepard e Paul Lee Stine. Além dessas, ele também deixou dois sobreviventes: Michael Renault Mageau e Bryan Calvin Hartnell. É possível que suas vítimas sejam ainda mais numerosas, já que alguns assassinatos não resolvidos, como o de Cheri Jo Bates, foram ligados ao seu caso.

Mas quem foram os alvos desse criminoso? Vamos conhecer as histórias das pessoas que ele matou ou tentou matar, além de algumas que podem ter sido suas vítimas.

David Arthur Faraday e Betty Lou Jensen

A história do Assassino do Zodíaco começou na noite de 20 de dezembro de 1968. Stella Medeiros, enquanto dirigia em Benicia, Califórnia, notou algo estranho na estrada. Ao se aproximar, viu dois corpos e rapidamente foi buscar ajuda da polícia. Quando os agentes chegaram, encontraram os corpos de David Arthur Faraday, de 17 anos, e Betty Lou Jensen, de 16 anos. Eles foram as primeiras vítimas confirmadas do Assassino do Zodíaco.

Faraday e Jensen tinham apenas duas semanas de relacionamento, e aquela era a noite do primeiro encontro deles. Faraday era lutador e escoteiro, enquanto Jensen se destacava como aluna. O encontro começou às 20h, quando Jensen apresentou Faraday a seus pais. Depois, o casal passou em casa de um amigo e assistiu a um concerto de Natal. Para encerrar a noite de forma especial, Faraday dirigiu até um lugar conhecido como “estrada dos namorados”.

Foi nesse local isolado que os dois se depararam com o Assassino do Zodíaco. É suspeito que ele tenha os assustado fazendo disparos contra o carro – havia um buraco de bala na parte traseira do veículo. Após isso, ele começou a atirar nos jovens, que tentaram fugir. Faraday levou um tiro na cabeça, enquanto Jensen foi alvejada sete vezes. Cinco das balas que a atingiram estavam nas costas, o que indica que ela tentou escapar.

A polícia imediatamente percebeu que estavam lidando com um duplo homicídio, mas foi apenas após o ataque a outro casal que a realidade de um assassino em série ficou clara.

Darlene Ferrin e Michael Mageau

O próximo ataque atribuído ao Assassino do Zodíaco ocorreu em 4 de julho de 1969, em um parque de estacionamento em Vallejo, California. Darlene Ferrin, de 22 anos, estava acompanhada de Michael Mageau, de 19 anos. Enquanto estavam no carro, foram abordados por um sujeito que apontou uma arma para eles.

A situação rapidamente se transformou em um tiroteio. Darlene levou vários tiros e infelizmente não sobreviveu. Michael, por sua vez, foi gravemente ferido, mas conseguiu sobreviver. Ele forneceu valiosas informações sobre o atacante, que mais tarde seriam essenciais para a investigação.

Esse ataque trouxe à tona o padrão do criminoso, e a comunidade ficou alarmada. Os vizinhos e moradores da região começaram a se preocupar com suas próprias seguranças, já que um assassino tão audacioso ainda estava à solta.

Cecelia Shepard e Bryan Hartnell

Uma nova vítima, Cecelia Shepard, e seu namorado, Bryan Hartnell, foram atacados no dia 27 de setembro de 1969, perto do Lago Berryessa. Enquanto estavam em um piquenique, um homem se aproximou com uma arma e uma faca, se identificando como o Assassino do Zodíaco. Ele ordenou que Shepard e Hartnell se deitassem no chão, enquanto ele os ameaçava.

Após algumas trocas de palavras, o criminoso começou a esfaquear Hartnell e disparou contra Cecelia. Hartnell sobreviveu e conseguiu descrever o acontecido. Essa vez, o criminoso deixou um símbolo no veículo deles, que se tornaria parte de sua identidade macabra.

Paul Stine

No dia 11 de outubro de 1969, Paul Stine, um taxista de San Francisco, se tornou a última vítima confirmada do Assassino do Zodíaco. Ele foi chamado para uma corrida em um bairro e, ao chegar ao local, foi baleado enquanto ainda estava dentro do carro. O criminoso saiu do veículo e desapareceu entre as ruas da cidade.

Essa morte novamente trouxe medo à comunidade, e a polícia intensificou os esforços de investigação. O Assassino do Zodíaco havia deixado pistas e mensagens, mas continua até hoje sem ser capturado.

Outros Casos Suspeitos

Além dessas cinco vítimas confirmadas, existem outros assassinatos não resolvidos que podem estar ligados ao Assassino do Zodíaco. Por exemplo, o caso de Cheri Jo Bates, que foi brutalmente assassinada em 1966. As semelhanças entre os métodos utilizados e o estilo do Zodíaco geraram dúvidas sobre sua possível conexão.

Muitos estudiosos e investigadores amadores analisam casos como esse para ver se existem ligações com o perfil do criminoso em série. O mistério persiste, e novas teorias continuam a surgir.

O Legado do Assassino do Zodíaco

A história do Assassino do Zodíaco é uma mistura de terror, mistério e a luta pela justiça. Sua habilidade em escapar das autoridades por tanto tempo alimenta o fascínio do público. Documentários, livros e séries de TV foram criados para explorar essas histórias e teorizar sobre sua identidade.

O caso continua aberto, e a esperança de que um dia o verdadeiro assassino seja encontrado ainda persiste. Muitas pessoas sentem que a sociedade merece saber o que realmente ocorreu, não apenas pelas vítimas, mas também por seus familiares que ainda buscam respostas.

O Assassino do Zodíaco deixou um rastro de dor, mas também questionamentos que continuam a instigar debates sobre segurança, psicologia e a natureza do crime. As histórias de suas vítimas não devem ser esquecidas e servem como um lembrete da fragilidade da vida e a importância de lutar pela justiça e pela verdade.