Avanços da Inteligência Artificial na Medicina: Inovações que Podem Salvar Vidas
Pesquisas recentes mostram que a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no desenvolvimento de tratamentos médicos, na previsão de doenças e na interpretação de sinais cerebrais. Essas inovações, que parecem saídas de um filme de ficção científica, estão revolucionando a forma como a medicina é praticada, sempre mantendo a necessidade do toque humano.
Helder Nakaya, biólogo e pesquisador sênior do Einstein Hospital Israelita, destaca que a área da saúde é uma das mais impactadas pela inteligência artificial. Ele enfatiza que, a cada semana, surgem novas tecnologias que podem transformar a prática médica. Apesar dos avanços significativos da IA, Nakaya ressalta que o diagnóstico médico ainda depende de uma interação humana essencial, com nuances que a tecnologia não pode captar completamente.
Inovações em Destaque
As seguintes inovações em pesquisa, destacadas por Nakaya, prometem trazer novas possibilidades para a saúde:
1. Criação de Medicamentos por IA
Uma pesquisa publicada em julho deste ano na revista científica “Nature Medicine” detalhou um sistema de inteligência artificial que ajudou a identificar uma nova terapia para a fibrose pulmonar idiopática. A IA analisou dados e decidiu atacar uma proteína que até então não havia sido considerada como alvo de tratamento. Outro sistema de IA, então, desenhou uma nova molécula capaz de inibir essa proteína. O estudo foi realizado com um grupo de 71 pessoas durante 30 meses e apresentou resultados promissores, sempre sob a supervisão de profissionais da saúde.
2. Previsão de Doenças
Em setembro, uma nova ferramenta de IA foi apresentada, capaz de prever a progressão de doenças a partir de registros de saúde. Esse sistema, inspirado em modelos generativos, opera com dados que incluem diagnósticos e internações, aprendendo a sequência de eventos ao longo da vida de um paciente. Com base no histórico de saúde, a IA pode estimar quais doenças têm maior probabilidade de surgir e em que período, ajudando médicos a antecipar riscos e planejar intervenções.
3. Interpretação de Sinais Cerebrais
Uma pesquisa recente examinou a atividade cerebral para descrever pensamentos a partir de sinais cerebrais, como se estivesse “lendo a mente” de voluntários. Publicado na revista “Science Advances”, o estudo mapeou quais áreas do cérebro se ativam ao pensar em objetos específicos e conseguiu prever conteúdos imaginados. Nakaya explica que essa técnica não permite acessar pensamentos íntimos, mas traduz sinais cerebrais em descrições, reconhecendo padrões associados a objetos ou ações.
Essas inovações em inteligência artificial representam um avanço importante para a medicina. Embora a tecnologia continue a se desenvolver, o papel dos profissionais de saúde permanece fundamental na interpretação e aplicação dessas ferramentas, ressaltando a importância do acompanhamento humano nos cuidados médicos.